[Latitude + Longitude Pop] Inverno em Hokkaido

 


Há alguns anos, mais precisamente em 2014, eu tinha algumas ideias em mente que queria desenvolver no blog. Criei uma editoria chamada Latitude + Longitude Pop, onde escrevia sobre destinos de viagens baseados na cultura pop. Decidi resgatar essa ideia depois de rever Love Letter (1995) no ano passado.



Love Letter é um longa-metragem filmado em Otaru, na província de Hokkaido, que trata sobre o luto. Hiroko (Miho Nakayama) perde o noivo, Fujii (Takashi Kashiwabara), em um acidente trágico e, para lidar com a situação, começa a enviar cartas para o antigo endereço dele, mesmo sabendo que nunca receberá uma resposta. Porém, algo surpreendente acontece: alguém com o mesmo nome passa a responder às cartas. É uma história muito bonita.








Em 2019, o diretor sul-coreano Lim Dae-hyung lançou um filme que também se passa em Otaru. Trata-se de Moonlit Winter. Nesta história, uma jovem coreana decide responder a uma carta de amor secreta recebida por sua mãe. Com o pretexto de tirar férias, Sae-bom (Kim So-hye) consegue convencer sua mãe, Yoon-hee (Kim Hee-ae), a viajar para outro país, oferecendo-lhe uma oportunidade de recomeço. É um filme sensível que aborda as coisas deixadas pelo caminho devido ao conservadorismo. Esse longa é muito relevante por dois motivos. Primeiramente, ele apresenta uma narrativa queer, algo extremamente raro no audiovisual sul-coreano, considerando que a Coreia do Sul é uma sociedade profundamente conservadora. Em segundo lugar, admiro muito a maneira como os cineastas sul-coreanos conseguem estabelecer críticas extremamente pertinentes sobre o impacto do capitalismo na vida das pessoas, independentemente do gênero cinematográfico. Nessa história em particular, a sobrevivência e a pressão pela manutenção da heteronormatividade são dois fantasmas que consumiram anos da vida de Yoon-hee








Também filmada em Hokkaido, First Love (2022) é uma série da Netflix que retrata dois jovens que acabam se afastando após um acidente. É uma história que atravessa todas as estações do ano e, apesar de seu tom romântico, a minissérie se afasta de clichês, explorando mais a imprevisibilidade da vida...









Em 2025, pretendo trazer postagens que vão além do cinema de horror e do true crime. Quero compartilhar mais recortes da minha personalidade. Esse é o primeiro experimento! :D

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