House (1977) – Direção: Nobuhiko Obayashi

 


 

House (1977) não é um filme. É uma experiência camp indescrítivel. É o tipo de produção que só o cinema japonês consegue oferecer. 

 

A história gira em torno de Oshare (Kimiko Ikegami). Seu pai retorna de uma viagem com uma nova namorada, esboçando planos de casamento. Oshare fica desesperada e resolve passar suas férias de verão na casa de sua tia materna. Como suas colegas de escola não podem ir para um acampamento, elas resolvem acompanhá-la nessa visita. A jovem não vê a tia há muito tempo e está entusiasmada para reencontrá-la. Quando elas finalmente chegam ao seu destino final, uma série de coisas malucas e inexplicáveis acabam acontecendo. 

House explora um dos tropos mais famosos do horror:  a casa assombrada. Mas não de uma forma comum. O longa é a mais pura psicodelia. É um trabalho brilhante de montagem, roteiro e direção de arte. Eu gosto muito de colagem e uma das características principais desse tipo de arte é o emprego do surrealismo na composição das imagens. E ao assistir House, eu tive essa sensação de estar diante de uma colagem transposta para a tela em vários quadros do filme. 

Devo dizer que fiquei obcecada pelo trabalho do Nobuhiko Obayashi. Ele conseguiu fazer um coming-of-age de horror único, onde tudo é exagerado e intenso. Ele mistura a linguagem do cinema com elementos  de anime e cria uma espécie de sonho cinematográfico.













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