Horror ou mimimi? – Uma seleção de filmes de horror que, para alguns homens, não fazem parte do gênero



 


 

Logo após o lançamento de Fresh (2022), longa dirigido por Mimi Cave, li uma crítica sobre a película, escrita por um homem, onde ele afirmava que o filme não podia ser considerado horror, pois não era assustador. Fiquei profundamente estarrecida. O plot do longa-metragem é o seguinte: mulheres são sequestradas para serem transformadas, literalmente, em pedaços de bife. Como isso não é considerado algo horripilante? Desde esse dia, comecei a observar os comentários masculinos sobre longa-metragens recentes, principalmente dirigidos por mulheres, e comecei a refletir sobre o assunto, sobre essa recepção, que vai literalmente de encontro com o avanço de ideias conservadoras da nossa sociedade atual. 


 

É notório que uma das fontes de resistência para esse período obscuro é o cinema. Cineastas passaram a apresentar longas que dialogam com questões femininas que estão sendo suprimidas por certos setores, principalmente o político, expondo os dilemas reais vividos pelas mulheres. Alguns filmes conseguiram materializar com maestria as opressões cotidianas, transformando-as no que elas realmente são: narrativas cheias de perversidade e horror.
E, enquanto a audiência feminina consegue reconhecer todo o caráter simbólico dessas obras, muitos desses filmes são recebidos com desdém por uma grande parcela do público masculino. Diante de certas películas, é comum encontrarmos alguns comentários de homens nas redes sociais, afirmando que essas histórias que privilegiam a angústia da mulher são uma espécie de mimimi, algo que não deve ser levado a sério. E o que eu considero mais problemático: muitos afirmam que essas produções não pertencem ao gênero do terror. Talvez porque essas violências mostradas na tela estejam tão naturalizadas no universo masculino.


Pensando nisso, convidei algumas amigas para discutirem o assunto e selecionarem alguns filmes de horror que são menosprezados por homens por causa de seu conteúdo, mas que possuem uma mensagem poderosa sobre o que é ser uma mulher na sociedade.

 


                                                   (Raphaela Ximenes – @misshorrortheater)

                                                      (Tati Regis – @meufilmedodia)


                                                  (Analu Tortella – @terrordequinta_)



                                                  (Yasmine Evaristo – @yasminecomy)



 (Amanda Luvizotto – @amanda.luvizotto)



 

                                                      (Sabrine Padilha – @artemaldita)


                                                  (Fernanda Maria – @notasexpressas)


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