14 ago. 19
[Livro] A Criança Invisível - Susan Cruz
Em abril desse ano, li um texto opinativo da escritora Kim Newman sobre pais que deixam seus filhos assistirem filmes de terror. Esse é um
assunto polêmico, visto que existem diversas opiniões sobre o assunto.
Eu concordo muito com o artigo, pois se você fizer isso da maneira certa, com certeza vai ajudar uma criança a ser mais imaginativa. E isso vale para outros gêneros cinematográficos e literários. Isso aconteceu comigo. Eu comecei a ver filmes de terror quando era muito jovem, pois nasci nos anos 80 e as famílias eram numerosas. Com tanto que você não estivesse dando trabalho para os seus pais, estava liberado assistir qualquer coisa. Não existia muita supervisão e minha irmã mais velha é muito fã de horror. Acabei virando sua parceira nas sessões noturnas do SBT. Como minha mãe percebia que eu gostava muito de ver as películas, mas ficava com muito medo, diversas vezes ela assistiu os filmes conosco para poder me acompanhar até a cama quando tudo terminasse. Eu via, sentia pavor dos personagens, mas ao mesmo tempo eles realmente entravam na minha imaginação e me fascinavam. E a minha mente ganhava outras perspectivas, flutuava por outras possibilidades, ia além da minha realidade.
Eu concordo muito com o artigo, pois se você fizer isso da maneira certa, com certeza vai ajudar uma criança a ser mais imaginativa. E isso vale para outros gêneros cinematográficos e literários. Isso aconteceu comigo. Eu comecei a ver filmes de terror quando era muito jovem, pois nasci nos anos 80 e as famílias eram numerosas. Com tanto que você não estivesse dando trabalho para os seus pais, estava liberado assistir qualquer coisa. Não existia muita supervisão e minha irmã mais velha é muito fã de horror. Acabei virando sua parceira nas sessões noturnas do SBT. Como minha mãe percebia que eu gostava muito de ver as películas, mas ficava com muito medo, diversas vezes ela assistiu os filmes conosco para poder me acompanhar até a cama quando tudo terminasse. Eu via, sentia pavor dos personagens, mas ao mesmo tempo eles realmente entravam na minha imaginação e me fascinavam. E a minha mente ganhava outras perspectivas, flutuava por outras possibilidades, ia além da minha realidade.
Certa vez, um amigo da minha mãe me presenteou com um livro
da A Bruxa Onilda. Não era tão hardcore quanto ao que eu assistia no Cinema em
Casa, mas era outra fonte daqueles elementos que eu tinha aprendido a gostar.
Eles eram apresentados de uma forma leve, infantil. E isso sempre ficou na minha cabeça. Você pode
falar de terror com as crianças, introduzir esses temas bacanas na vida dos
mais pequenos sem precisar apelar logo de cara para um filme de terror. Existem
muitas publicações legais no mercado e eu gostaria de falar sobre uma delas. A
escritora Susan Cruz lançou esse ano o livro A Criança Invisível. Eu li o livro
despretensiosamente e foi uma experiência incrível. Principalmente por um
motivo: existe uma dualidade na história muito grande. Ela é perfeita para uma
criança, principalmente para aquelas que são solitárias no mundo e sentem que
estão desaparecendo aos poucos — vivemos em um mundo onde os pais estão sempre
correndo, ocupados e também existem razões mais sérias e complexas para esse sentimento de “abandono”.
E quando você lê como adulto, a alegoria da história é ainda mais impactante. É fascinante, pois traz magia pra infância, transita por elementos
góticos e é um ótimo meio de introduzi-las ao gênero. E, ao mesmo tempo, se você for mais crescidinho, tenho certeza que a narrativa vai
quebrar seu coração em vários pedacinhos. A autora não poupa ninguém! É magia e
realidade, misturados em um balé de palavras, sensibilidade e ilustrações lindas. É um livro
necessário para todos os públicos. Uma fonte de conforto para crianças e
reflexão para os adultos.
Livro: A Criança Invisível
Autora: Susan Cruz
Ilustrações: Paty Oliveira
Editora: Luvinha
Livro: A Criança Invisível
Autora: Susan Cruz
Ilustrações: Paty Oliveira
Editora: Luvinha