28 mar. 19
O terror brasuca de Diego Freitas
Diego Freitas é um dos expoentes da nova safra de terror feita em nosso país. Em seu primeiro longa, O Segredo de Davi (2018), o cineasta mostra uma habilidade muito grande de desconstruir o terror clássico e entrega uma narrativa única. Hoje, no Final Chica, o diretor fala um pouco sobre o longa, suas influências como realizador audiovisual e sobre o cinema de terror feito na América Latina.
[FG] Diego, qual foi o teu primeiro contato com filmes de terror?
Desde muito cedo, adorava. Os filmes mais marcantes da minha infância foram O bebê de Rosemary e O Exorcista. Depois lembro de ter assistido aos 12 anos de idade O Sexto Sentido - acho que esses foram os mais marcantes.
Desde muito cedo, adorava. Os filmes mais marcantes da minha infância foram O bebê de Rosemary e O Exorcista. Depois lembro de ter assistido aos 12 anos de idade O Sexto Sentido - acho que esses foram os mais marcantes.
[FG] Que diretores te inspiram no teu processo criativo?
Darren Aronofsky, Irmãs Wachowskis, Guillermo Del Toro, Alfonso Cuarón, Fernando Meirelles, Nicolas Winding Refn, Walter Salles e mais um milhão.
[FG] No teu primeiro longa, O Segredo de Davi, você conta a história bem peculiar de um psicopata voyer. E o filme é super macabro, pois tem também uma pegada sobrenatural. Como surgiu essa ideia? O que você acha que o teu longa tem de diferente de outros longas sobre serial killers?
Essa história veio de muitos lugares. De uma visão de mundo que gostaria de abordar, de querer ver esse tipo de filme ser feito no Brasil, de expulsar meus demônios...
Essa história veio de muitos lugares. De uma visão de mundo que gostaria de abordar, de querer ver esse tipo de filme ser feito no Brasil, de expulsar meus demônios...
[FG] Uma coisa fascinante sobre o filme é a tua direção de atores. O Nicolas Prattes está incrível. Foi fácil encontrar com ele o tom do personagem?
Fica muito mais fácil quando os atores são talentosos e o Nicolas é talentosíssimo. Eu tinha tudo bem pensado e idealizado então não acho que foi difícil. Ajuda o Nicolas ser um camaleão também.
Fica muito mais fácil quando os atores são talentosos e o Nicolas é talentosíssimo. Eu tinha tudo bem pensado e idealizado então não acho que foi difícil. Ajuda o Nicolas ser um camaleão também.
[FG] Como tu avalia o cinema de terror no Brasil? O que você acha que deveria ser feito para que o gênero tenha mais amplitude por aqui?
Avalio muito bem! temos filmes excelentes! Precisamos é de mais dinheiro para fazer mais e assim fazer melhor. Temos muito talento e muitas ideias.
[FG] Qual tua opinião sobre o cinema de terror feito na América Latina? Por que você acha que as produções locais não têm o mesmo apelo de filmes hollywoodianos e etc?
Esse não é um problema do cinema de terror. É um problema do cinema comercial de forma geral. A América Latina produz com extrema qualidade. A diferença é que os EUA tem muito mais dinheiro e faz isso de forma constante há muito mais tempo. A competição fica difícil. Um filme pequeno norte-americano custa 60 milhões de reais! E isso dobra ao considerar o marketing... O Davi custou 1,6 milhão de reais e foi lançado com quase nada de marketing... A diferença é bem clara.
Avalio muito bem! temos filmes excelentes! Precisamos é de mais dinheiro para fazer mais e assim fazer melhor. Temos muito talento e muitas ideias.
[FG] Qual tua opinião sobre o cinema de terror feito na América Latina? Por que você acha que as produções locais não têm o mesmo apelo de filmes hollywoodianos e etc?
Esse não é um problema do cinema de terror. É um problema do cinema comercial de forma geral. A América Latina produz com extrema qualidade. A diferença é que os EUA tem muito mais dinheiro e faz isso de forma constante há muito mais tempo. A competição fica difícil. Um filme pequeno norte-americano custa 60 milhões de reais! E isso dobra ao considerar o marketing... O Davi custou 1,6 milhão de reais e foi lançado com quase nada de marketing... A diferença é bem clara.